Deixadinha da semana: Agora só Libertadores interessa!

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Chegou a hora da torcida



 Observei o jogo de hoje com uma intenção: projetar a Libertadores da América. Bom, pra começar achei que o Enderson errou na escalação. Se é pra entrar com 3 volantes que seja o Zé Roberto um desses 3 volantes. Até quando vão teimar que ele é um camisa 10?? Ele NUNCA foi camisa 10 na carreira inteira dele, é o mesmo que colocar o Maxi de zagueiro, não tem como dar certo. O Zé Roberto pela sua técnica consegue até fazer um feijão com arroz na posição, mas é pouco e ai ele fica prejudicado, queimado com a torcida injustamente e o TIME acaba prejudicado. O Grêmio precisa em primeiro lugar ter suas peças nos seus devidos lugares e a partir dai se começa a pensar em algo mais.
 Sobre o jogo, o Grêmio mesmo com 3 volantes foi quem jogou melhor no primeiro tempo, teve o domínio das ações, teve as melhores oportunidades de gol e teve um penalti não marcado em um lance que o Pará é puxado dentro da área pelo Fabrício, juizão ignorou. Teve outro lance em que o Barcos sozinho cara a cara com o goleiro chuta com a força de uma preguiça, e aí eu chego num segundo ponto importante: NÃO TEMOS UM HOMEM GOL. Não temos um matador, um cara com faro de gol, á la Jardel. Simplesmente não temos. O Barcos é um dos centroavantes mais técnicos do Brasil se não for o mais técnico. Só que o que sobra de técnica, falta na definição, na finalização, falta na hora de matar o jogo. Não existe NENHUM jogador no elenco do Grêmio com essa característica, acho que o último foi André Lima, que era o inverso do Barcos, pouquíssima técnica e bom faro de gol, não costumava perdoar lances como o que o Pirata perdeu. Acho que Marcelo Moreno seria um meio termo entre os dois, mas estava brigado com alguns jogadores e também queimado com a direção por declarações desnecessárias, resultado: ficamos sem um homem gol. Ou a direção contrata o jogador com essa característica ou vamos penar na Libertadores.
 Falando em Libertadores, se o Grêmio quiser ter alguma chance na competição, precisa de algo urgente: COMPETITIVIDADE. O Grêmio não é um time competitivo, é um time muito morninho, ás vezes até molenga, não é agressivo raras as exceções. Libertadores não perdoa um time que não tem isso, Libertadores não perdoa gols perdidos como o que o Barcos perdeu. O time precisa crescer e amadurecer se quiser ir longe e precisa fazer isso até quinta-feira, dia da nossa estréia.
 Voltando ao jogo, no segundo tempo o time cansou, ambos os times cansaram, criaram poucas chances claras de gol, até que o Paulão resolver jogar vôlei dentro da área. Pênalti claro. Fiquei impressionada com a rodinha de colorados na volta do juiz reclamando como se fosse a coisa mais natural do mundo meter a mão na bola, só lamento amigo, esporte errado, isso é futebol. E para os colorados que reclamam de impedimento, Dalessandro dava condição.
 O Pará precisa começar a fazer algo útil no jogo como acertar um cruzamento pra variar, os garotos que entraram precisam ser menos afobados, principalmente Maxi, ele entra nos jogos tão apavorado que parece que a mãe dele está morrendo, alguém precisa acalmar o guri. O Luan mostrou que tem potencial, mas nitidamente sentiu a titularidade, tem que ter mais calma com ele. O time precisa estar ligado o jogo INTEIRO, não tem tempo pra soneca como o lance do gol deles em que deixaram Fabrício livre, leve e solto pra entrar como bem quis dentro da área, pensar na morte da bezerra, mandar um beijo pra mulher, pensar no que tinha pra janta, fazer um filho, dançar a macarena, escolher o canto e fazer o gol. A Libertadores não te dá essas regalias não.
 Enfim, existem percalços, existem problemas, deficiências que podem e devem ser fatais. Mas eu ainda acredito no Grêmio, porque quando a coisa tá preta é sinal de que temos chance. Sempre foi assim. Com dificuldade, com luta e entrega apenas assim conseguimos tudo o que temos até hoje. O time é esse, pode até vir 1 ou 2 contratações(espero que venham, e que não seja um goleiro, Grohe provou mais uma vez que não é necessário), mas a base é essa. Se falta algo nesses jogadores pra que eles consigam ser vitoriosos, teremos que ser nós, a torcida, a compensação. Nós vamos ter que ser o matador e o camisa 10 que nos falta. Mas como? Incendiando os jogos, fazendo vir da arquibancada a vibração que falta em campo, pilhando os jogadores de tal forma que eles acreditem realmente que são capazes, talvez esse seja outro grave problema, falta de confiança em cada um deles.
 O Barcos pode não ter tanto o faro de gol, mas é uma liderança dentro de campo, o que também é importante e ele também não é bobo, se a bola começar a chegar redonda mais seguido, ele vai começar a guardar, o Pará pode acertar um cruzamento a cada 5 anos, mas ele tem garra, um dos poucos jogadores que CORRE o jogo todo. Enfim, o que quero dizer, é que aonde existe uma fraqueza, também existe uma virtude e é nisso que devemos nos concentrar para encorajar esse time. Não temos escolha. É isso ou desistimos. Eu prefiro ir pra cima, encarar e acreditar. Chegou a nossa hora.
  Obviamente passa pelos pés dos jogadores a nossa chance de levantarmos a taça, mas passa igualmente por cada um de nós essa chance. Está na hora da torcida entrar em campo e mostrar que pode ser um diferencial, mostrar que pode decidir jogos. Acredite a torcida é tão importante quanto o time, o título depende de você e de mim. Chegou a hora da torcida agir. A AMÉRICA NOS ESPERA.







SAUDAÇÕES TRICOLORES



Um comentário:

  1. Belo texto... Observações pontuais sobre o jogo... Vamos ver como time e torcida se comportarão na tao sonhada libertadores...
    Parabéns pelo texto!

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