Deixadinha da semana: Agora só Libertadores interessa!

domingo, 8 de julho de 2012

Kleber pediu e não foi atendido



Como eu havia citado aqui no texto anterior, Kleber pediu um Grêmio diferente, de postura diferente. Pediu. Não foi atendido. O jogador em entrevista após a derrota deu uma aula de indignação e sangue nas veias. É díficil entender o que se passa no time do Grêmio. Até mesmo Murici Ramalho em sua entrevista afirmou: O Grêmio tem um baita time, mas só isso não resolve, também tem que ter vontade. Afinal de contas o que é necessário para que os jogadores do Grêmio tenham vontade? O salário está em dia.
 Eu penso que esse time é mais ou menos como os primeiros dias em um reality show como Big Brother Brasil, tá todo mundo lá, junto e misturado, ainda sem cair a ficha do que estão fazendo ali. Aos poucos os objetivos começam a aparecer, táticas são formadas, aí sim se começa a conhecer os integrantes do programa e o que pretendem.
 Acontece que no futebol não é assim que as coisas funcionam. Futebol é resultado, é bola na rede, vale 3 pontos desde a primeira partida. Não existe "tempo pra cair a ficha."  Jogador de futebol tem que ser profissional, tem que honrar as calças que veste, principalmente o salário que ganha, tem que jogar sempre no limite da sua capacidade, é o mínimo que se espera. Acho que nessa parte, os jogadores estão sim em dívida.
 Mas tem coisas que somente a administração do clube e a torcida podem fazer com que eles entendam. Tá na hora desses jogadores entenderem que ELES são o Grêmio de 2012, tá na hora deles assumirem esse papel de jogador do tricolor gaúcho. Mais do que isso, tá na hora deles formarem um grupo unido, uma familia. Sabe aquele esquema de "passa lá em casa Fernando vamos fazer um churrasco", "fala Moreno, vamos fazer um passeio, traz a patroa junto". Parece que eles olham um pro outro com cara de "vem cá te conheço?"
 Falta identidade, falta saber mais sobre o tamanho da grandeza do Grêmio, falta sentir o carinho da torcida (ainda farei um post sobre a nossa torcida). Enfim, são coisas que fazem o cara criar apreço pelo clube.
 O dia em que eles deixarem de ser um bando de jogadores e se tornarem junto com a torcida a familia Grêmio, tenho certeza que as coisas começam a mudar. Kleber parece ser um dos únicos a entender isso até agora, será que não está merecendo a braçadeira de capitão? Kleber já tinha pedido e não foi atendido, quem sabe como capitão tenha sua voz mais ativa.

SAUDAÇÕES TRICOLORES

Um comentário:

  1. Quando futebol virou mercado, virou negócio, o jogador passou a se sentir Mercadoria de Luxo, aquele esquema de Amor a Camisa, Amor ao Clube, Amor a Torcida e até mesmo Vergonha na Cara deixou de ser prioridade... isso tem de ser resgatado.

    Belo texto, Kleber não se identifica no Grêmio a toa, espero que sigam o exemplo dele.

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